| Umberto Costa Baros |

O artista plástico Umberto Costa Barros surge no final dos anos 60 com um trabalho experimental que se tornou imprescindível para contar a história da arte contemporânea brasileira. Todo o meio de arte bem informado conhece o “trabalho dos bancos”, que ganhou o primeiro prêmio no III Salão de Artes Plásticas, em 1969, na Faculdade de Arquitetura da UFRJ. Realizado pouco depois de decretado o AI-5, na época da ditadura militar, o trabalho reunia elementos difíceis de juntar. Utilizando como material as pranchetas e bancos da universidade e deslocando seu eixo de gravidade com tocos de giz, Umberto criou uma instalação ou intervenção quando esses termos ainda não existiam. Era um trabalho subversivo e libertário sem ser panfletário; ao mesmo tempo formalmente sofisticado e desconcertantemente simples; de apreensão imediata, era capaz de conquistar o apreciador de arte e o público comum.
Na década de 1970, quando a arte contemporânea não tinha um meio formado e sedento de novidades, ainda mais no Brasil, e a geração do artista via-se entre as drogas e a guerrilha armada, o trabalho pioneiro de Umberto prosseguiu, em um circuito de instituições e museus. Agora, quase 40 anos depois de suas primeiras intervenções, o artista faz sua primeira exposição individual em um espaço comercial. A GALERIA ARTUR FIDALGO terá o mérito de nos proporcionar a nova exposição, aguardada pelo meio de arte com ansiedade, deste artista que, por ter aberto vertentes de exploração poética que o tempo não esgotou, tornou-se “histórico”, ainda que sua obra mantenha-se tão instigante quanto antes – ou justamente por isso.
Em “O BRANCO E O NEGRO”, o trabalho de Umberto Costa Barros, que ele próprio caracteriza como “work in progress”, passa da relação com a arquitetura para o espaço urbano e avança na direção da síntese dos espaços exterior e interior, físico e subjetivo, criando uma “cidade psíquica”. Utilizando materiais crus como caixas de gordura, manta asfáltica, manta impermeabilizante, pás e outros, recorrendo a apropriações e criando objetos novos, ele traz para a arte o mundo do trabalho. A exposição promete surpreender ainda mais que a de um estreante, agora que Umberto é um artista experimental com experiência.


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