Tatiana Grinberg - Placebo
“Placebo” é uma instalação multissensorial homônima, que solicita o público através dos sentidos visual, auditivo e proprioceptivo [sentido que nos dá a sensação do próprio corpo]. Também serão expostas as obras “Musa”, de 2001, e “Espaço em Branco entre 4 paredes”, de 2002, que dialogam com a instalação “Placebo”. Desenhos, diagramas e anotações relativos ao desenvolvimento da instalação também estarão expostos em um painel, para que o público possa conhecer o processo de criação da artista.
“A questão central dos meus trabalhos está na relação entre corpos e espaço. Os trabalhos acontecem como fluxos, processos e experimentações. Apresentam-se visualmente ou através de áudio e requisitam o sentido da propriocepção, provocando um embate físico do público com os objetos e o espaço expositivo”, explica a artista.
A inédita instalação “Placebo” é composta por três objetos: “Placebo”, “Aperto” e “Amasso”. São objetos diferentes, feitos de materiais diversos, que captam ou transmitem o som ambiente e reproduzem sons editados pela artista.
O objeto “Placebo”, que dá nome à instalação e à exposição, “é oferecido ao público por um monitor, que entrega uma cápsula descartável de silicone com um dispositivo dentro. Ao colocá-lo na boca, uma tecnologia sofisticada faz com que as ondas sonoras sejam transformadas em vibração e a pessoa escute o áudio”, explica Tatiana Grinberg. O público ouvirá trechos de entrevistas feitas e editadas pela artista. “É um texto fragmentado, no qual se reconhecem palavras que dizem respeito à temporalidade e nos remetem à experiência ali vivida”, diz.
“Apertos” são objetos pequenos, feitos de látex branco, espalhados sobre o chão. Quando as pessoas se aproximam dos objetos, eles reagem emitindo sons ou palavras. “Amasso” é um par de objetos, que também estará no chão. Um dos objetos captura e transmite o áudio ao se redor e o outro recebe e emite esse som, que foi captado ao vivo.
O projeto da instalação “Placebo” é de 2002, mas o trabalho só começou a ser executado em 2009, ao ser contemplado pelo Edital de Artes Visuais do Programa de Fomento 2008/2009 da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. Para a execução da obra, a artista contou com uma equipe multidisciplinar de profissionais de diferentes áreas de conhecimento: Cecília Cotrim (PUC-Rio), Ricardo Basbaum (UERJ), Lucas Marcier e Antonio de Pádua (Estudio ARPX), Marcelo Werneck e Fernando Maciel (LIF/COPPE/UFRJ), Jorge Lopes, Ricardo Fontes e Bruno Trindade (INT/DVDI/LAMOT), além da consultoria da Professora Maria Isabel Kós, do Serviço de Fonaudiologia/HUCFF/UFRJ.
Na exposição, também serão remontados os trabalhos “Musa”, de 2001, e “Espaço em branco entre 4 paredes”, de 2002, que dialogam com a instalação “Placebo”. “Musa” é composta por duas cuias de plástico sobre uma poça de gel de alta viscosidade. Ao encostar a mão no gel, são gravadas as impressões digitais da pessoa. No entanto, 25 segundos depois, elas desaparecem. “Espaço em branco entre 4 paredes” é uma estrutura em mdf fechada, pintada e iluminada por dentro, com orifícios por onde as pessoas podem olhar ou colocar as mãos, os braços, mas por onde não é possível entrar.

Rio 2011


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