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MALONE MORRE | Samuel Beckett | Ed. Códex
Malone morre...e com ele, todos nós!

Malone morre foi escrito em Paris durante os anos de 1947-48, ou seja, em plena atmosfera do pós-guerra. Desde então, tem sido considerado pela crítica como um dos romances mais avançados do século XX. Nele, Beckett leva suas experimentações formais a um nível de radicalidade máximo: em Malone morre é o próprio romance como gênero da arte burguesa que agoniza. Nesse sentido, conforme escreve o poeta Paulo Leminski, que assina tanto a tradução quanto o posfácio da presente edição, Malone morre é “um texto à beira do abismo”, no qual a humanidade é apresentada “no seu limite máximo de carência e de penúria”. É a experiência da catástrofe histórica que gera a impossibilidade da literatura, a consciência de que o trabalho artístico, diante da destruição total, só pode realizar-se por meio de sua própria e radical negação.

Malone está confinado num quarto, deitado numa cama ao lado da janela. Ele espera a própria morte. Não consegue se levantar, nada lhe restando a fazer a não ser observar os objetos à sua volta, descrevê-los e inventariá-los. Entretanto, cansado desse exercício, Malone tenta narrar uma história.

Lápis e papel na mão, ele procura criar um personagem, elaborar uma trama, tecer acontecimentos. Mas tudo isso é em vão: sua literatura causa-lhe nojo. Mistura de ficção e autobiografia, suas frases parecem-lhe ridículas, sob o signo da mentira ou da vaidade. Deve-se ressaltar a qualidade excepcional da tradução de Leminski, que, além de inspiradíssimo, teve o cuidado de realizá-la cotejando as versões francesa e inglesa do texto (ambas escritas pelo próprio Beckett), o que faz dessa edição brasileira de Malone morre uma publicação verdadeiramente preciosa.


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©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
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