| Paulo Pasta |
Vermelhos, amarelos ousados, cinzas neutros, pálidos ocres, azuis ... Juntos, harmoniosos, num trabalho que se revela aos poucos e protagoniza espetacular jogo cromático. É a pintura de Paulo Pasta, cujas pinceladas alternam camadas espessas de tinta e faixas diluídas de pigmento, em um gesto de efeito sedutor e surpreendente. Que poderá ser vivenciado a partir de 11 de agosto, no CCBB Rio, quando o artista fará sua primeira grande exposição individual na cidade, com a exibição de 40 obras, entre as quais 20 trabalhos inéditos. A exposição, produzida pela Imago Escritório de Arte, ocupará três salas do primeiro andar do CCBB, reunindo aos trabalhos inéditos algumas das mais emblemáticas obras de 2005, 2006 e 2007. A curadoria da mostra é de Ronaldo Brito, para quem a pintura de Paulo Pasta “traduz uma biografia íntima. Uma índole serena e contemplativa que não exclui, contudo, incertezas e dúvidas. É uma pintura silenciosa, meditativa; suas formas singelas, nem abstratas, nem figurativas, que se velam e se desvelam diante de nossos olhos, cultuam a indefinição. É uma pintura que se recusa a exibir e apenas prenuncia, menos do que formas latentes, a latência das formas”. Na mostra do CCBB haverá telas (óleo s/tela) em grandes formatos, de 240 x 300 cm, e também sete pinturas inéditas de 70 x 50 cm, assim como trabalhos em óleo e pastel s/ papel, também inéditos, e de grandes formatos (160 x 190 cm).
Paulo Pasta explica que esta exposição dá continuidade a uma pesquisa de dois anos. “Em 2006 realizou-se uma espécie de retrospectiva do meu trabalho, na Pinacoteca de São Paulo, onde já se notava algumas mudanças: pinturas mais fluidas, mais ágeis na articulação com o espaço. Na verdade, há uma intensificação da cor, promovendo um contraste maior entre elas. Ao mesmo tempo em que as cores se afirmam, elas também se esquivam. Para mim, a presença tem um poder igual ao da ausência”, diz o artista.
A obra de Paulo Pasta exige uma dose de concentração. De início e por um bom tempo, apresentava influência a Volpi e Morandi; hoje inclui também Dacosta e Eduardo Sued, num trabalho que se revela aos poucos, em sintonia com o ritmo lento da passagem na tela de uma coluna de cor a outra. “Paulo Pasta é um colorista muito pessoal, muito sutil”, ressalta o curador ao destacar que a experiência do artista com a cor é absolutamente singular na arte brasileira. “Ele está no auge da força; sua poética é reflexiva e verdadeira; suas obras têm algo de sublime, algo de casual. São os produtos diletos de um colorista apaixonado e vão se distinguindo de todas as outras cores, de todas as outras pinturas”. ressão sobre seu trabalho, ele é único dentro da Arte Abstrata Contemporânea no Brasil e quem sabe no mundo.
Rio de Janeiro 2008
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