| Maria Leontina by Paulo Herkenhoff |

“Tornar Maria Leontina visível em sua delicadeza, complexidade, descontinuidade e inteligência”. É assim que o crítico de arte Paulo Herkenhoff define a missão do recente livro que escreveu sobre a artista. Maria Leontina, publicado pela editora Papel & Tinta, patrocinado pela Petrobras Distribuidora e organizado por Wilson Lazaro, será lançado amanhã, dia 16, às 19h, na livraria da Travessa de Ipanema, no Rio de Janeiro, e conta a vida de uma das mais importantes pintoras brasileiras, através de recortes de ensaios sobre seus trabalhos, da descrição de momentos marcantes em sua trajetória e, claro, de imagens do que produziu. Para o livro, foram vistas mais de mil obras – em coleções publicas e privadas –, na ânsia de retratar a vastidão e a profundidade de suas criações. Também foram analisadas as peças que compõem o acervo de Maria Leontina e de seu marido, o artista plástico Milton Dacosta, mantidas por seu filho Alexandre, para elucidar gostos e influências. Tarsila do Amaral, Giorgio Morandi, Hans Hartung e Matthias Grünewald são alguns nomes que serviram como referência para a pintora.
Herkenhoff deixou de lado a visão linear de sua biografia e o registro cronológico de sua produção para mostrar ao leitor o signo da pintura da artista através do cruzamento conceitual com diferentes campos do conhecimento. Ao longo do texto, com acesso a uma rica pesquisa, é justamente o leitor que monta o quebra-cabeça e preenche as lacunas de quem foi Maria Leontina. Os capítulos são organizados por motivos distintos, tais como temas biográficos, séries de pinturas e relações de algumas de suas obras com questões científicas.
Eminentemente pintora, Maria Leontina certamente se permitiu experimentar técnicas e suportes. Utilizou papel, azulejo, tintas a óleo, acrílica e guache. Desenvolveu formas geométricas e abstratas. Sentiu diferentes emoções em mais de 40 anos de atividade e aperfeiçoou paulatinamente sua técnica para expressá-las. Foi uma mulher do seu tempo, que representou o contexto de sua época de uma forma absolutamente particular. Viveu o figurativismo, o expressionismo, o abstracionismo e o construtivismo; a segunda guerra mundial e a ditadura militar. Morou em São Paulo – sua cidade natal –, no Rio de Janeiro e na França. É brasileira e, ao mesmo tempo, internacional. Assim como sua obra, merece ser vista por diferentes ângulos. Essa é, acima de tudo, a proposta dessa publicação.

Rio de Janeiro 2010


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