| Niura Machado Bellavinha |
...e bella criou a mulher - vermelha
by Alexandros Papadopoulos Evremidis*
a hora é agora e poesia essa sim pede licença e abre aladas alas pt tenho certeza de que assim aconteceu : bellavinha vinha muitíssimo bela portando embriagadamente belo vinho quando subitamente com o belo machadinho não se sabe se despropositadamente se cortou e se feriu o sangue jorrou bella se agradou do que viu pôs o dedo na ferida manchou-o de sangue chupou gostou do gosto/gozo que sentiu e re/animada maculou a tela avermelhou-a e jubilou.
quando não mais bella nela própria nem na bela tela cabia riscou com o dedo a parede se encantou cantou urrou gemeu interferiu tingiu o chão de vermelho e o teto idem sem andaime pois não o havia no barraco/atelier e qual menina do dedo verde agora avermelhado tocou a família os agregados os seres domésticos as domésticas saiu pra rua coloriu avermelhando vizinhos as ruas os prédios as árvores vermelhas os carros subiu o morro vermelhão acarinhou a favela as gentes a poesia o samba o abandono a fome o tiro a droga com vermelhidão o rio todo de vermelho ah como era belo o vermelho brasil de bella vermelho inteiro avermelhado.
toda bela e vermelha bella avermelhou as mãos nas veias abertas da américa latina e com elas de vermelho acariciu os espelhos das lagoas os mares os oceanos o dia a noite os amanheceres os crepúsculos os mundos os planetas lambeu os sóis de vermelhão beijou o céu os universos este e os paralelos tudo e todos ela cobriu com seu manto vermelho.
bella está absolvida por ser inocente não culpada por o coração ser vermelho o sangue ser vermelho a fraternidade é vermelha o amor é vermelho a amizade a paixão o sexo mais vermelho a glande a cabeça o pau do paubrasil os membros todos vermelhos vermelhas são as unhas a boca os lábios grandes vermelhos envolvendo/escondendo os doces infernais lábios menores o inferno é vermelho o vinho a uva a vulva o grelo o grilo o ódio o paraíso o cu também é vermelho os amantes os assassinos vermelhos são a china o fogo os comunas vermelhões tudo vermelho a zona a criança a porra o beijo o ladrão o viado o pai e a mãe a puta os filhos o espírito não é santo é vermelho sangue deus se existisse vermelho ser ia ser pelas mãos de niura.
a arte é vermelha líquida e certa bella sempre foi vermelha já nasceu vermelhinha.
Rio de Janeiro 2003
©Alexandros Papadopoulos Evremidis > escritor crítico > Email
Para adquirir obras de arte, basta enviar Email - será encaminhado ao próprio artista ou ao seu galerista/marchand. Artista, Escritor e +: ASSINE o RIOART e mostre suas criações aos qualificados leitores do Jornal e da Newsletter/InformArt enviada p/ jornalistas, galeristas, marchands, colecionadores, arquitetos, decoradores, críticos, editores, livreiros, leitores, produtores culturais, aficionados e afins: Email + 21 2275-8563 + 9208-6225
©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
Retornar ao Portal