| Nazareno |
“Abre-se uma Floresta” traz seis esculturas em madeira e quatorze desenhos, em que o artista, dentro de sua poética onírica e lúdica, visita todos os aspectos simbólicos e evocativos que a floresta provoca em nosso imaginário.
Para Nazareno, nascido em 1967, em São Paulo, a floresta “nos chega de diversas formas, pode ser um filme, um passeio, uma foto de viagem, um desenho animado, um livro de imagens, um relato ou, por que não?, um local de nascimento”. “A mim a floresta chegou sempre de noite antes de dormir, a partir das histórias que me contavam. Esse mundo descrito nos contos de fadas e em histórias infantis sempre exerceu enorme fascínio em mim: a astúcia de João e Maria, a destreza do Gato de Botas, a perspectiva do diálogo com as feras, os perigos e soluções experimentados por aqueles personagens, onde nada lhes era poupado apesar de sua condição infantil”, conta.
As obras que são em sua maioria casas/caixas/espaços confinados, mesmo nos desenhos, “convidam o espectador a entrar, a espiar, a chegar perto ainda que de longe, pesquisando, tateando, procurando o ponto de encontro entre ele e o que está sendo exibido ou ocultado”. E é nessa operação “que busco ativar os sentidos relativos a memórias pessoais ou coletivas, o campo dos receios e dos afetos, como um antigo convite que se renova continuamente através dos tempos”, diz.
Nazareno explica que os trabalhos apresentados na exposição “são uma reunião de indagações sobre o que a floresta poderia nos apresentar”. “O ato de abrir, de desnudar, exibir, seria também o ato de se preparar, de equipar-se, de transformar a perspectiva de abordagem de outro meio ambiente que se conhece por selvagem e estranho (e ele o é) em alguma outra coisa nem boa nem ruim, talvez (e ainda assim, nem tanto) apenas diferente”.
O artista criou um “manual” para o espectador, em que dá uma serie de indicações, como “Aprenda”, “Oculte-se”, “Escute”, “Não creia na bondade das feras, no entanto não ache as tome por más, elas são apenas feras”, e “Sim, tenha em mente que na floresta você poderá ser devorado”, “Esteja certo de que tudo é realmente c omo parece”, dentre outras.

Rio de Janeiro 2012


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©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
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