| Maria Santiago |
Mário Santiago utiliza acrílica, nanquim e lápis sobre papel e tela para retratar o acúmulo de informações visuais que parece querer preencher todos os espaços das grandes cidades, agredindo a visão. Através do olhar do artista plástico, contudo, essa poluição visual transforma-se em arte.
Não é apenas nos temas escolhidos por Mário Santiago que o caos urbano se faz presente. Esse caos também faz parte da técnica adotada pelo artista. Em seus trabalhos, Mário parte de um pano de fundo, que vai sendo abarrotado de informações imagéticas que se sobrepõem umas às outras, tal qual ocorre nas metrópoles em uma infinidade de aspectos, da arquitetura à publicidade, da moda aos meios de transporte, do fluxo de pessoas à iluminação. O título da mostra faz referência ao universo urbano sempre presente na linguagem do artista e à sujeira provocada pelo excesso de informações.
Com curadoria de Fernando Brandão, a mostra conta com 15 trabalhos, divididos em duas séries distintas, uma com obras em preto e branco e a outra com a utilização de cores fortes. Nos dois casos, Mário Santiago faz uma leitura sensível desse universo urbano, com uma linguagem repleta de signos. O que se vê em “...ésujurbano” é a beleza que se esconde por trás do caos.
Mário Santiago iniciou sua trajetória artística na década de 80, expondo coletivamente em espaços alternativos com outros artistas em ascensão da época. Em 1987, foi feita uma mostra na Pinacoteca de São Paulo com um apanhado dessas coletivas. Em 1995, o artista teve uma exposição individual em Lisboa, na Galeria Bairro Alto. Em 1997 expôs mais uma vez, também individualmente, no mesmo espaço. Mário Santiago ainda expôs em 2007 na Coletivo Galeria e em 2010 na Mercearia São Roque.Rio de Janeiro 2011
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