| Marcos Duprat |
Os novos trabalhos em exibição, primordialmente feitos sobre papel, baseiam-se em temas que destacam elementos diversos como luz, água, céu, terra. Como define o artista, “o tratamento da luz exerce papel fundamental no trabalho e, junto à utilização da cor, é o denominador comum das obras apresentadas”. Marcos Duprat, com suas pinceladas precisas e delicadas, retrata o mundo exterior, o meio ambiente que vê, ainda não contaminado, procurando apontar para a importância de sua preservação ao retratar sua luz e suas cores.
Os papéis utilizados como suporte são dos mais diversos, do simples papel cartão aos sofisticados ‘fabriano’ (Itália), ‘canson écume’ (França) e papel artesanal japonês. Sobre esses suportes trabalhos são executados em técnicas mistas com pastel aquoso, aquarela e lápis de cor. As formas surgem com o movimento da mão, do gesto de pintar, que reflete a variação da realidade que podemos ver. O denominador comum é a luz que revela as formas e articula o espaço; orienta a utilização da cor - item básico na criação da imagem.
O trabalho de Marcos Duprat segue técnicas essencialmente tradicionais, clássicas, na execução das obras. Nos últimos anos houve uma expansão no formato, uma intensificação cromática e uma maior concentração em temas relativos à natureza e ao mundo exterior. Sempre um atento observador do mundo, pessoas e fatos, Marcos Duprat registra em esboços, fotos ou na própria memória os temas a serem criados que tomam forma a partir de um desenho preparatório.
No momento seguinte, a cor, a luz, a sombra compõe a forma final que presenteia o olhar do observador com uma obra harmônica. A luz, esta é a substância fundamental no espaço pictórico do artista. Toda a mágica das obras está na possibilidade de entrar em espaços ilusórios que se desenrolam além da superfície do papel.
Inquieto e sempre se impondo novos desafios, Marcos Duprat agora quer explorar cada vez mais a utilização da cor e do suporte através do uso do branco e da textura da superfície e sua interação com os pigmentos. O artista busca uma simplificação progressiva, em sua técnica de composição, ditada pela luz e pela sombra.Rio de Janeiro 2010
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©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
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