Magy Imoberdof
Nascida em Zurique, Suíça, e formada em design pela ECAL - Ecole Cantonal d’art de Lausanne, Magy Imoberdof muda-se para o Brasil aos 23 anos, onde se divide entre os traços gráficos e o pincel, até 2005, quando optou dedicar-se somente as artes plásticas. Fez inúmeras exposições ao longo de sua carreira, principalmente em São Paulo, onde exibiu, com curadoria de Maureen Bisilliat e Dedéia Meirelles, “Retratos da vida, Lembranças da Vida”.
Recordações dos últimos 15 anos - objetos, animais, personalidades, pessoas - são retratadas nas 20 obras, que imortalizam faces que compõe o cotidiano da artista. O uso de madeira, tecidos, papéis, parafusos e sua capacidade singular de criar a “imagem e semelhança” de tudo que a circunda, traduz seu envolvimento com a matéria prima, com a produção, com a arte, sobretudo com as emoções. “Arte tem que fazer a pessoa sentir, sentir admiração, sentir prazer, sentir beleza, sentir incomodo, enfim sentir algo diferente do habitual. Assim acontece uma elevação do nível da consciência", declara Magy Imoberdof.
A artista transmite sua mensagem e convida seu interlocutor a uma ponderação sobre o existir, fazendo-o refletir a respeito das peculiaridades diárias que há em nossa volta. Magy tem por definição seguir sua alma e desenhar o que lhe chama a atenção, o que lhe parece digno de um retrato e o que é esteticamente coerente com o seu modo de pensar. Fato que pode ser visto na obra “Menina com Rosa”, feita em papel kraft, onde as expressões da mulher ali retratada nos põe de frente há um emaranhado de sentimentos.
Esta exposição ainda apresenta dois recortes inéditos, onde a artista captura conversas entre suas amigas. A criação de “conversa de Mulher” deram a Magy uma visão curiosa sobre o comportamento humano. “Percebi que as pessoas têm gestos limitados. Quando estou desenhando (sem que elas percebam) e elas mudam de posição, fico aguardando o momento em que elas retomam a posição que captei” revela. “Descobri que nós seres humanos temos reações previsíveis, 5 diferentes posições no máximo, portanto é só esperar que a pessoa retorna para aquela que eu estava desenhando” conclui Magy. “Retratos da vida, Lembranças da Vida” é o resultado de uma pesquisa, quase que comportamental, dessa artista que vê no mundo a inspiração para sua arte.
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