| Luiza Baldan |
"São Casas" reúne 20 fotografias e uma videoinstalação de projetos de residências realizados entre 2009 e 2011 como Natal no Minhocão; Pinturinhas; De murunduns e fronteiras; Insulares; Marginais; Serrinha e Beira.
Nos projetos de residências Luiza Baldan seleciona áreas urbanas transfiguradas por construções arquitetônicas para viver durante um mês e trabalhar através da experiência do habitar. Foi assim que a artista viveu por um período no Conjunto Habitacional Pedregulho, em Benfica; no condomínio de luxo Península, na Barra da Tijuca e no Conjunto Residencial Rapozo Tavares, o Rapozão, em Santa Teresa.
Os deslocamentos têm sido também deslocamentos de olhar ou, mais do que isso, a criação de outro olhar a partir da experiência que um lugar estrangeiro desencadeia. Não se trata de documentar a experiência, mas de produzir ficção a partir dos fatos cotidianos. Entre residências, mudanças, errâncias e cidades, Baldan se habituou ao trânsito e ao transitório, e seu olhar vem acompanhando o percurso, ora cinematográfico, ora pictórico, mas sempre fotográfico.
A artista trabalha diretamente com a sua memória em relação ao morar. O cinema, a pintura e a literatura atravessam suas imagens, sempre marcadas pela convivência com a arquitetura, com o espaço construído. Luiza Baldan viveu em 28 casas em seus 32 anos de vida, listando endereços em diversos bairros do Rio de Janeiro e em países como os Estados Unidos e a Espanha.
Essa experiência é um dos motores de seu interesse pelo registro de lugares que são deslocados de sua identificação usual e dos clichês com que são percebidos para se transforar em território suspenso, que pode ser em qualquer lugar. Segundo o curador Guilherme Bueno “Luiza se vale de um repertório incrustado em nossas lembranças – cenários de cinema, fotos familiares etc. –, que sub-repticiamente indaga não só o quanto uma imagem é efetivamente particular (já que se encontra, queira ou não, imersa em vários códigos), mas também o quanto cada registro convive sempre com a sombra do apagamento, oscilante entre um tempo prolongado e sua finitude imediata vaticinada pelo clique”.
Rio de Janeiro 2012


Para adquirir obras de arte, basta enviar Email - será encaminhado ao próprio artista ou ao seu galerista/marchand.

Artista, Escritor e +: ASSINE o RIOART e mostre suas criações aos qualificados leitores do Jornal e da Newsletter/InformArt enviada p/ jornalistas, galeristas, marchands, colecionadores, arquitetos, decoradores, críticos, editores, livreiros, leitores, produtores culturais, aficionados e afins: Email + 21 2275-8563 + 9208-6225


©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
Retornar ao Portal