"Respostas?", de Kátia de Marco / Editora Papel Virtual.
Con/versão de suportes.

É um "livro de artista", uma espécie de publicação feita mais para ser vista do que lida, que se apropria de um suporte da literatura para tratar de questões plásticas e poéticas.

Kátia de Marco propõe em sua obra a palavra que cria o contexto, a palavra solitária e vaga, que ao prescindir do texto, precisa das fantasias idiossincráticas e únicas. Estimula uma brincadeira séria, tendo a palavra como ponto de partida, traduzida como resposta a perguntas, para quem estiver disposto a passear pela aventura do acaso, pela sua magia de colocar tudo e todos em seus devidos lugares. Na vulnerabilidade, na efemeridade e na humanidade da vida diante das surpresas que o futuro reserva, cada página deste livro contém uma pergunta ou uma resposta e a das infinitas perguntas contidas em uma única resposta. Ou seja: se o leitor abrir o livro numa página aleatória possivelmente encontrará respostas para a sua pergunta, desde que se permita embarcar nessa viagem ao desconhecido... Por acaso, este serve para as duas coisas e promete uma ótima viagem visual e literária!

Habituada a utilizar as palavras como elemento visual em suas esculturas e instalações, neste trabalho Kátia de Marco escreve e recria na alquimia livre que a língua lhe proporciona. A autora brinca com as palavras como peças de um jogo sem regras, no qual sempre ganha o que deseja, desenhando suas frases de sonho, com a validade infinita da ilusão, que tomam emprestado este signo da língua como matéria plástica para suas experiências descompromissadas de literatura e arte. "Preciso da palavra como uma porta aberta a caminhos outros, curiosa passagem para duvidar das certezas, mas, confesso, que tenho medo das portas fechadas, do que existe atrás delas, da serpente em cima do ponto, da interrogação. Da pergunta que não posso responder, que ninguém pode, pois parece não ter resposta. Das perguntas que só o tempo responde, com a volatilidade quase imperceptível de um som ou de um aroma, ou de maneira abrupta como um raio eletrificado. Prefiro as reticências que trazem a tranqüilidade do inacabado, o vazio do branco das páginas, a ausência da sentença, a esperança do porvir... É confortante a liberdade que temos de colocar o ponto que quisermos nas palavras, e transformá-las em afirmação, questão ou suposição. Faz bem a impressão otimista da força do livre-arbítrio sobre o destino "- explica Kátia de Marco.


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©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
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