| Joao Bosco | João Bosco é presença marcante no panorama artístico carioca desde os anos 70. Fotógrafo bem sucedido no mercado publicitário, ele criou capas impactantes para a Revista MÓDULO e atuou junto aos artistas da Geração 80, colaborando com eles na reprodução de imagens que hoje se tornaram clássicos da arte brasileira. Pioneiro, realizou, ainda em 1978, na Galeria Saramenha, a mais prestigiosa galeria da época, a primeira mostra individual de um fotógrafo no circuito comercial brasileiro.
Nos anos 90, com o advento de novas e impactantes tecnologias no cenário artístico contemporâneo, João Bosco optou por recolher-se ao seu estúdio e pesquisar com intensidade os novos universos estéticos que o mundo da cibernética oferecia. Após mais de uma década de pesquisa cotidiana e trabalho silencioso João Bosco retorna ao panorama artístico com um resumo qualitativo de seu trabalho, sintetizado nas imagens poderosas que compõe a série “Meu Jardim”. Segundo Marcus de Lontra Costa, em artigo para a revista “Nosso Caminho”, o artista apresenta obras de grande impacto visual. “Flora tropical, luz noturna e tesouras compõem uma atmosfera surreal e misteriosa, de estranha beleza. Essas imagens impressionam pela sua técnica aprimorada e por uma estética ousada, contemporânea, na qual um pretenso universo feminino parece sugerir um roteiro de perversidades e mistérios. São mensagens diretas e contundentes, dentro do universo de expectativas que caracteriza a arte fotográfica contemporânea.”
A intercessão entre a ação fotográfica tradicional e as novas possibilidades técnicas e estéticas permitidas pelas novas tecnologias constitui um assunto fascinante no cenário artístico dos dias atuais. Cada imagem construída por João Bosco é, na verdade, a concretização de uma idéia, de um conceito que se firma através do diálogo entre cada trabalho, elemento de comunicação e diálogo entre os vários trabalhos da série. As imagens do artista atuam nessa fronteira entre o cotidiano e a fantasia, entre o real e o surreal, entre o que é paisagem real e paisagem construída. “Meu Jardim” parte de ações possessivas e cotidianas para fundar um universo coletivo: gerar, cuidar, entender a vida como um processo, o mundo como um inquietante jardim. Metáfora exemplar do processo de criação artística, essa série de João Bosco traz ao público uma importante contribuição para o pensamento e a ação visual contemporânea no Brasil.Rio de Janeiro 2011
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