| Jaime Fernando | PEIXE Simplesmente |Nona exposição individual que representa a fase mais madura de sua carreira, segundo o próprio artista, PEIXE Simplesmente apresenta dez telas inéditas, resultantes de experimentações com novos materiais, como a tinta acrílica, que Jaime passou a utilizar. Durante 20 anos, o artista trabalhou somente com óleos. Os projetos foram desenvolvidos no computador, através de pesquisas de formas e cores, de onde surgiram figuras de peixes e do mar.
Embora trilhando um caminho próprio e independente, Jaime faz parte da Geração 80. Em 1984, participou do ateliê livre de pintura com Luiz Áquila, no Parque Lage, e da Mostra “Aonde Vai Geração 80?”. Nesta mesma época, desenvolveu um trabalho com internos do Hospital D. Pedro II, no grupo de trabalho da Drª. Nize da Silveira, convidado pelo Dr. Luiz Barbosa, Diretor do Museu do Inconsciente na época.
Segundo relata o artista, em seus vinte anos de pintura, passou por inúmeras fases, desde retratos expressionistas, palhaços, duendes, músicos, em um estilo similar ao expressionismo alemão, folvista, passando em seguida, ao abstrato geométrico informal, em que a figura humana ainda era tida como referência. Cores primárias, quentes e frias, cores chapadas sempre estiveram presentes em seu trabalho.
Em sua penúltima exposição, iniciou uma volta ao figurativismo, reorganizando as origens de sua pintura. Na fase atual, com tinta acrílica, a temática são os peixes. Peixe em Descanso, Peixe em Férias, Peixe em Família, Senhores do Mar, e outros mais, num total de 10 telas.
Aos 58 anos de idade, o artista lembra quando começou a pintar como autodidata, em 1982, entusiasmado pelos mestres Abelardo Zaluar e Augusto Rodrigues. Iniciou pelos retratos com pastel oleoso, e logo após seis meses de pintura, foi convidado por Celina Rondon para expor 28 trabalhos em sua galeria, a Divulgação e Pesquisa. Nos três anos consecutivos realizou mais três individuais em galerias de arte, já apresentando trabalhos com tinta a óleo.
Sempre ligado à arte, mais especificamente à música, Jaime Fernando tocou violino na Orquestra Sinfônica Juvenil do Teatro Municipal, e mais tarde, trocou para o violoncelo, apresentando-se na Orquestra Sinfônica Nacional. Até meados de 2004, como violonista, participou do Grupo de Choro da Escola Portátil de Música, com Maurício Carrilho, Paulo Aragão e outros mestres. O trabalho musical foi interrompido quando resolveu preparar a atual exposição, e dar prosseguimento ao seu trabalho como terapeuta corporal.
Para 2005, Jaime planeja realizar uma retrospectiva de 20 anos de pintura, fazendo uma releitura de seus trabalhos e comenta: “Todas as críticas feitas a mim no decorrer do meu trabalho, foram construtivas, e serviram de móvel para meu crescimento como artista”. Ele destaca os críticos Marc Berkowitz, Geraldo Edson de Andrade e George Racz que muito contribuíram para evolução de sua carreira artística. Em 1985, Jaime Fernando foi convidado pelo crítico Walmir Ayala para participar do Dicionário Brasileiro de Pintura, da Bozzano Simonsen, onde estão catalogados 1600 pintores brasileiros.
Rio de Janeiro 2004
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