| Isabel Galéry |
Do Som ao Signo.
Com a curadoria de Fábio Porchat e Nathalia Larsen, a mostra reúne mais de 30 trabalhos, a maioria ainda inédita, e sete totens realizados pela artista nos últimos dois anos, e enfatiza sua ligação com a música e com Minas Gerais, onde busca referências históricas e as contextualiza em um presente carregado de tradições e especificidades. Na ocasião, também acontece o lançamento da publicação de manuscritos reeditados pelo maestro Márcio Miranda Pontes.
Isabel Galéry tem a música tão presente em sua trajetória quanto a pintura. Estudou piano desde a infância e há algum tempo estuda canto lírico tendo já atuado em diversos corais. No coral do BDMG, participou do projeto “Música na Estrada Real”, que consiste em levar às cidades históricas a música colonial mineira. No desejo aproximar-se cada vez mais das raízes do barroco mineiro, a artista pesquisou partituras originais manuscritas dos séculos XVII e XVIII da música colonial e inseriu essa estética, rebuscada e contraditória, em uma nova e exclusiva percepção de sua história.
“Cultura e afeto se misturam, criando autênticos desenhos, que exploram composições, ritmo e tonalidades próprias; muitas vezes a obra surpreende os músicos que, incansavelmente, tentam cantarolar sua harmonia em uma tentativa, ora frustrada, ora inspiradora, de dominar a obra de arte visual”, diz Fábio Porchat.
Nas obras, o cobre, ferrugem e dourado estão presentes como resquícios da memória da infância – passada entre Outro Preto, as minas de ferro da Serra do Curral e os muros pichados da Savassi. O trabalho é, sobretudo, na aquarela, mas também inclui têmpera, pastel, douramento, pirogravura, xilogravura, monotipia, escultura, acrílica e impressão digital, sobre vários suportes diferentes.
“Procuro abolir soberania do texto sobre a escrita, da partitura sobre o som, de tal forma que texto, a partitura e a figuras são uma coisa só. A tela é, ao mesmo tempo, página, caderno pautado, mapa, pintura e caligrafia. Gente, árvores, anjos, sóis e estrelas, luas, letras, setas, signos e elementos arquitetônicos e outros de diversos códigos escriturais estão colocados juntos, num mesmo plano hierárquico, sendo, a um só tempo, composição gráfica, expressão plástica, linha escrita, pauta musical. Tanto encontram eco nas culturas recentes, como nas remotas; tanto no ocidente, como no oriente”, explica a artista.

Rio de Janeiro 2012


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©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
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