| Glenio Bianchetti | Pinturas |
Gravador, pintor, ilustrador e professor, Glenio Bianchetti é considerado um dos mais completos artistas brasileiros da atualidade. Para os críticos, ele está entre os pintores expressionistas figurativos de maior talento e originalidade surgidos após a geração dos mestres da primeira fase do modernismo brasileiro.Comemorando seus 55 anos de carreira, o artista estará expondo, no Conjunto Cultural da Caixa, seus trabalhos mais recentes. A mostra, composta por 31 telas de médio e grande portes, conta ainda com quatro obras do artista pertencentes ao Acervo Caixa. Na abertura, Bianchetti estará também autografando o seu primeiro livro. A publicação, patrocinada pela Caixa e com texto de apresentação do crítico Ferreira Gullar, reúne 185 pinturas que marcaram a trajetória do pintor desde os anos 40 até hoje.
Nascido em 1928 na cidade de Bagé (RS), o artista foi aluno de Iberê Camargo, no Instituto de Belas Artes. Seu trabalho começou a ser conhecido na década de 50, quando participou da fundação, em 1951, do Clube de Gravura de Bagé, ao lado de Glauco Rodrigues e Danúbio Gonçalves. No mesmo ano, com os amigos Carlos Scliar e Vasco Prado, Glenio fundou o conhecido Clube de Gravura de Porto Alegre. No início dos anos 60, mudou-se para Brasília, onde participou da formação da UnB, sendo responsável pelo ateliê de artes e o setor gráfico da universidade. Aos 77 anos, Bianchetti continua em atividade. "Pintor não se aposenta nunca", diz. Para os críticos, seu trabalho registra as transformações e emoções experimentadas pelo homem ao longo do século XX.
A mostra, que já passou pelos Conjuntos Culturais da Caixa de Brasília e de São Paulo, ficará em cartaz nas duas Galerias do Conjunto Cultural da Caixa do Rio, de 24 de março a 8 de maio. A entrada é franca.
Integrada à exposição, uma oficina permitirá aos visitantes testarem suas habilidades e conhecerem, na prática, as principais técnicas do processo criativo de Bianchetti. Os visitantes poderão ainda apreciar, no espaço "Acervo em Caixa Alta", o quadro "Banhistas", de 1968, pertencente à Caixa, do também gaúcho Glauco Rodrigues (1929-2004), co-fundador do Clube de Gravura de Porto Alegre.
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