"Geometria em movimento", de Evany Fanzeres.
A geometria sensível

O encanto da geometria reside também no rigor que reflete  natureza e sua ciclicidade de sempre, o jogo de xadrez dos elementos opostos, o binômio forma/espaço, as proporções das massas que geram e modificam o espaço, criando soluções espaciais organizadas em linguagem silenciosa.

                      A produção da forma gera também conceito-clima espacial, em sentido análogo à perspectiva social da arte, sobre a qual um importante artista expressionista contemporâneo afirmou que "...o mundo é um ser social que se modela a si mesmo", referindo-se à vocação social da arte e de nosso trabalho.

                      Na consecução de meus trabalhos mais antigos, início da década de 70, as cores  são aplicadas em superfícies estabelecidas a partir da disposição em linhas retas evocando uma tridimensionalidade, com a intenção de obter uma plasticidade ilustrando as possibilidades espaciais do conceito por mim criado.

                      Em 1976, em exposição individual na Galeria Arte Global em São Paulo, apresento um conjunto cuja articulação descreve formas estruturadas por linhas retilíneas brancas demarcando espaços virtuais negros, num conjunto evocativo de volumes, que na retina do espectador  causam impressão de movimento. Prefaciando a exposição, o crítico Mário Barata descreveu o conceito como "VOLUMETRIAS"

                     Em 1982, setembro, no Projeto ABC da Funarte, apresento no Museu de Arte Moderna um conjunto de pinturas de grande formato, produzidas desde 1978, descrevendo sólidos virtuais em movimento e perspectivas espaciais, que o crítico Paulo Herkenhoff em artigo publicado na revista Colóquio descreve como "...uma pintura para vertigens do olhar". Embora executados entre 1978 e 1982, as obras apresentadas nesta exposição mostram, sobretudo, uma visualidade internacional antecipada, cujo surgimento vem a dar-se por volta de 1995, década e meia depois, através de certas produções internacionais oportunistas.

                      Em 1988 uma continuação do tema é novamente apresentado na Galeria Arte/Espaço no Rio de Janeiro A partir de então são executadas maquetes em cartão, gesso e argila, buscando o espaço real.  Até 1996 dá-se a consecução de obras dentro do mesmo conceito e são realizadas amostragens laterais aos circuitos oficiais de mercado, em instituições e espaços particulares.  A partir de 1997 crio uma série de obras dentro do mesmo conceito, porém exaltando o lado sensual da cor e da textura muito lisa, que é uma constante técnica de meu trabalho desde 1966.

                      Em 2003 apresento em exposição, um conjunto homogêneo de pequenas pinturas cuja leitura inclui conceituações múltiplas, dentre as quais uma glosa à arquitetura e  sentido de espaço e ao silêncio.

28 de Julho de 2004


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