| Daniel Nogueira |
Artista se apropria de elementos da paisagem urbana para criar estruturas tridimensionais que exploram a luz.
Materiais normalmente utilizados na construção civil (canos, lâmpadas e madeira) são transformados em objetos-escultura, que estabelecem relações entre o ambiente urbano, a luz e a cor. A mostra fica em cartaz até 21 de abril de 2012.
A pesquisa de Daniel se dá através da observação da cidade como um organismo vivo, apropriando-se de elementos urbanos e da própria paisagem de São Paulo como ponto de partida para sua produção.
Luminosas e eletrificadas, intensas e bonitas, os objetos-escultura do artista são um convite à meditação. Para Daniel, a luz do tubo fluorescente é a linha com a qual experimenta e desenha. Assim, ele varia a intensidade, a dimensão, a proporção e a cor com que a luz irá modificar o espaço e desenhar em suas obras. Sendo adaptadas integralmente ao espaço expositivo as obras de Daniel existem como aura luminosa: as lâmpadas, fios, estruturas de metal e madeira, que as compõem, ganham forma uma vez que a eletricidade as percorre. Elas, habitam, por assim dizer, aquela fronteira entre a escultura, a pintura, e a instalação. ?? O artista, pode-se afirmar com convicção, é o herdeiro brasileiro do aclamado artista minimalista norte-americano, morto em 1996, Dan Flavin, cujas obras modificaram radicalmente nosso entendimento da escultura como um objeto independente no espaço para uma ideia da escultura como o espaço que é modificado pela luz que emana das estruturas.
Integra a mostra obras das séries LLC (Lâmpada Luz Cor) e PELS (Pintura Espaço Luz Sombra). Em trabalhos da série LLC (Lâmpada Luz Cor), objetos são feitos de luz e do que gera essa luz, ou seja, as lâmpadas e toda a fiação necessária para ligá-las, são visíveis. Já nas séries PELS (Pintura Espaço Luz Sombra) placas de madeira estruturam planos simples, como pequenas construções, que saem da parede e avançam no espaço. O curador e crítico Cauê Alves assina o texto crítico da mostra.Rio de Janeiro 2012
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