| Coletiva de arte contemporânea no Gávea Trade Center |

Necessitamos urgentemente de mais espaços expositivos (públicos, privados e público-privados) para abrigar exposições como essa do Gávea Trade.

©Alexandros Papadopoulos Evremidis*

"Arte por, e para, toda parte (envolvida)!" - ecoam vozes, a que este Jornal, não de ontem, se aliou e associou, para não permitir que o grito se torne clichê e seja contaminado pela letargia. E também para dizer que a arte deve extrapolar as muralhas das galerias e se esparramar por ruas, praças, mercados, restaurantes, shoppings. Que tal também botequins e feiras-livres? Nada mal seria - já que arte há, e em abundância, para todos os gostos e bolsos. E o caráter fisiológico do eventual espaço "non olet" - não fede e nem difama; e também não desmerece nem o criador e nem a criação.

Não convém esquecer que a arte só, e só então, cumprirá sua sublime destinação, quando for aonde o povo se encontra, não importando a marxista classe. Des-sacralizar o objeto artístico enquanto produto (e sonho!) de consumo de quem quer que seja, sim!, mas sem em absoluto lhe subtrair, por impossível, a intrínseca santidade. O resultado será sempre uma saudável mais-valia para artistas, empresários e organizadores.

Função deste panfletário, que seja, e breve manifesto é elogiar o mais novo aderente ao enunciado inicial - o Gávea Trade Center que, por iniciativa da competente, e sensível ao clamor, Cláudia, presidente de sua Associação dos Lojistas, acaba de abrir seus generosos corredores a uma das mais movimentadas (inesquecível! diziam e repetiam entusiasticamente muitos) coletivas, cujo nível de excelência artística creditamos ao mentor de gerações, o ciberneta João Magalhães; à experimentada artista/curadora (e agora já, curadora/artista), Denise Araripe; e a cada um dos doze participantes - um sintomático conjunto apostólico? Mas o melhor disso tudo é que o Gávea pretende transformar isso, de acolher regularmente exposições, em saudável rotina.

De fato, partindo da temática amorosa (tirando isso, o que nos restaria?) e com vistas ao próximo Dia dos Namorados, os promissores e já cumpridores artistas-acólutos do mestre apresentam, com inventiva criatividade, suas visões de Eros - força primordial e propriedade seminal do Caos, que, à medida que a este ordena, engendra vida e, daí, beleza.

Participam do singular evento, pela abecedária ordem: Arnaldo Garcez, com sua comprometida expressividade; Carlos Goulart; Denise Araripe, cuja obra "Que meu coração possa viver no com o seu", constituída por dois vidros cardiformes interligados por ondulantes (intrincados?) cúpreos vasos comunicantes, além de fazer jus à adjetivação de "prima", pervade e permeia e percorre e determina a dorsal da temática expo - engenhosa na simplicidade da sua concepção e conceituação, construtiva nos materiais e na realização, e genial na comovente lucidez de sua poética; Eduardo Filipe; Gisela Nilman; Humberto Carneiro; Kelle Colares, cuja escultura mínima nos deixa candidamente desarmados diante da máxima e múltipla e sensual significação; Leila Bokel, que pinta como quem concerta (logo pintará sinfonicamente!) ou dança ballé; Ni da Costa e Ele Pazuello, Pri Saboya, Sônia Távora e Teresa Medeiros. Esperamos, oportunamente, poder aprofundar estes exageradamente sucintos comentários e, o pior, lamentavelmente não abrangentes da totalidade dos artistas, e tecer os merecidos encômios às obras de cada um deles.

Rio de Janeiro 2005

Alexandros Papadopoulos Evremidis = > escritor crítico > Email


Para adquirir obras de arte, basta enviar Email - será encaminhado ao próprio artista ou ao seu galerista/marchand.

Artista, Escritor e +: ASSINE o RIOART e mostre suas criações aos qualificados leitores do Jornal e da Newsletter/InformArt enviada p/ jornalistas, galeristas, marchands, colecionadores, arquitetos, decoradores, críticos, editores, livreiros, leitores, produtores culturais, aficionados e afins: Email + 21 2275-8563 + 9208-6225


©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
Retornar ao Portal