| Beth Turkieniez | Exposição Volantes - um panorama geral acerca das obras da artista plástica Beth Turkieniez. A exposição conta com 30 obras, entre pinturas, fotogravuras, fotografias, escultura e objeto, adequando a riqueza de diversidade das obras de Beth ao espaço intimista da galeria.
Grande fonte de inspiração para esses trabalhos foi a mudança de Beth Turkieniez de um bairro residencial para o centro da cidade de São Paulo, por onde transitam pessoas de todos os tipos, o tempo todo. “Tudo se tornou novo, inusitado e inesperado... Multidões de pessoas diferentes, em cada esquina, a cada momento. Métodos diferentes de convívio e coisas que nunca tinha visto. Essa riqueza de observação provocou o meu olhar e deixou minha sensibilidade mais apurada”, diz a artista.
Entre as obras expostas estão fotografias da série “Janela Discreta”, feitas por Beth da janela de sua casa, no cruzamento da Avenida São Luis com a Avenida Ipiranga, registrando transeuntes e cenas do cotidiano do coração de São Paulo. A mostra traz ainda cartões postais, gravuras, objetos de uma série chamada “Ceia Santa”, quadros e uma cadeira em ferro fundido, requintada na forma e rústica no material.
A mostra, que tem curadoria de Mario Gioia, não tem um conceito fechado; é um apanhado da versatilidade que marca a carreira de Beth. “Não há seleção de cores por cores, nem formas por formas, nem técnicas por técnicas e suportes utilizados. A exposição tenta dar uma compreensão maior sobre a produção multifacetada da artista, de acordo com os critérios levados em conta quando se fala de arte contemporânea”, explica o curador. A diversidade de técnicas exibidas em Volantes pode ser comparada àquilo que se observa e se vive na região central da grande metrópole que a artista adotou como nova residência.
A palavra escolhida para dar título à exposição tem no dicionário definições que cabem no modo com o qual Beth vê suas obras: móvel, errante, nômade, passageiro, transitório, efêmero. “Como produzo muito, esgoto em mim o tema. E, quando isso acontece, na maioria das vezes já estou entrando no começo de um novo desafio. A matéria me deixa numa ansiedade contínua de briga comigo mesma e é esse meu maior desafio. Quando a venço, deixo minha sensibilidade mais apurada, como se desgastasse tudo em mim, canso, e outra fase surge”, diz. “Descobri com o tempo que meu método de trabalho é esse”, conclui.
Beth Turkieniez não se atém a conceitos ou temáticas. A artista deixa a paixão fluir em seu trabalho e produz de maneira instintiva e intuitiva, sem se limitar. “Meu trabalho é transformar o bruto em sublime, numa busca que ultrapasse o sonho e me conduza às potencialidades da obra”, analisa.
Nascida em Porto Alegre, Beth Turkieniez abandonou o curso de arquitetura para se dedicar às artes plásticas. Fez viagens de estudos pelo Brasil, Israel, Itália e França. Já expôs em diversas cidades do Brasil, tais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Porto Alegre, e também no exterior, em países como Japão, Estados Unidos e Canadá. Tem ainda em seu curriculum cenografias para teatro, com destaque para peças dirigidas por Bibi Ferreira.Rio de Janeiro 2011
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