| Arthur PIza |
Brasileiro, residente em Paris, Piza é considerado um dos mais importantes artistas do seu tempo, acumulando ao longo de seus 84 anos mais de 75 exposições individuais, 100 coletivas, participações em 53 bienais e com renomados prêmios no mundo todo.
Em exibição, colagens e gravuras, além de 40 tramas, seu trabalho mais recente, que dão nome à mostra. “Aqui o que vemos é o material que se dobra para chegar à harmonia, que procura a respiração na espessura do entrançado e sua flexibilidade e transparência para nos convidar a explorar, segundo as possibilidades de cada um, um espaço mágico” , define o galerista francês Jean François Jaeger.
E completa: “Tudo o que suas gravuras revelavam de energia, fineza, sensualidade está intacto nesses transes mediúnicos. Em geral pequenos, e como obrigados à modéstia, eles concentram todo tipo de energia, às vezes como efígies que revelam, porque em contração, a monumentalidade da concepção, que autorizaria a metamorfose deles em grande dimensão”.
O artista sintetiza este trabalho com modéstia e saudosismo ao país natal: “Posso dizer que nos trabalhos grandes lanço como redes para pescas quotidianas, filtros experimentais. As pequenas caixas que multiplico com voracidade, são como pedaços de mim mesmo. Doce paranoia? Não sei responder. Não tem importância. Porque é no ato de olhar ou de ver que algo pode acontecer. Não no que eu possa escrever. Sei que gostaria de estar com vocês só que a distância que nos separa é grande e não há – por enquanto – varinha mágica para anulá-la”.
A mostra é uma oportunidade de conhecer a obra de um conceituado artista no mundo todo e será de grande importância para Belo Horizonte. Admirador do trabalho de Arthur Piza e proprietário da Galeria, Murilo Castro se sente honrado: “É a segunda vez que trago a exposição de um artista que tem na sua história 53 bienais no mundo, com os mais importantes prêmios de gravura, é considerado um dos maiores gravuristas dos últimos 600 anos no mundo. Sua produção recente, com as tramas e aramados, mostra toda sua jovialidade criativa. Fazer a segunda exposição do Piza em Belo Horizonte é motivo de orgulho e faço o convite para que todos venham apreciar essa exposição de um dos maiores gênios da arte brasileira”.
Arthur Luiz Piza nasceu em 1928 e é gravador, desenhista e escultor. Iniciou sua formação artística já aos 15 anos, quando estudou pintura e afresco com Antonio Gomide. Após participar da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, se mudou para Paris, onde passou a frequentar o ateliê de Johnny Friedlaender e aperfeiçoou-se nas técnicas de gravura em metal, água-forte, talho-doce, água-tinta e ponta-seca.
Em 1953, participou da 2ª Bienal Internacional de São Paulo e recebeu o prêmio aquisição. Na 5ª Bienal, em 1959, foi contemplado com o grande prêmio nacional de gravura. Nesse período, começa a fazer relevos, picotando suas aquarelas e aproveitando os fragmentos em colagens sobre tela, papel, cobre e madeira. Posteriormente cria relevos de metal sobre sisal, e produz peças tridimensionais em grande escala e trabalhos em porcelana e ourivesaria.
Realizou ilustrações para diversos livros, de tiragens reduzidas. No fim dos anos 1980, cria um mural tridimensional para o Centro Cultural da França, em Damasco, Síria. Em 2002, são apresentadas na Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp, e no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli - Margs, em Porto Alegre, duas amplas retrospectivas de sua obra.
Piza já realizou de mais de 75 exposições individuais, 100 coletivas e participou por nove vezes da Bienal Internacional de SP e outras 44 vezes pelo mundo. A primeira grande individual de Piza aconteceu no ano de 1958, no MAM/SP, e em seguida pelas galerias e museus de outros diversos países.
Suas obras estão em mais de 20 museus no mundo, entre eles: Biblioteca Nacional de Paris, Galeria Nacional de Arte Moderna de Roma, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Museu de Arte Moderna (Paris), Museu de Arte Moderna de Belgrado, MoMA - Museu de Arte Moderna de Nova York, Museu de Arte Moderna de SP e do Rio de Janeiro, Museu de Portland, Museu de Saarland, Museu Guggenheim (Nova York), Victoria and Albert Museum (Londres).
Entre os diversos prêmios de sua carreira, estão os requisitados Prêmio aquisição na 2a. Bienal de São Paulo (1953); Prêmio Nacional de Gravura na 5a. Beinal de São Paulo (1959); Prêmio David Brigth na Bienal de Veneza de 1966; Medalha de Ouro na 2a. Bienal de Florença (1970); Prêmio de Gravura na 3a. Bienal de Cracôvia (1970); Prêmio do Júri da Bienal da Gravura da Noruega em 1980 e Grande Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo em 1994.
Rio de Janeiro 2013
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