| Antonia Dias Leite |
A primeira exposição do novo local reflete a identidade da artista e apresenta duas séries fotográficas, dois vídeos, escultura e instalações. São ao todo 25 obras que dialogam entre si e criam no espectador a sensação de estar dentro de uma instalação única. O trabalho de Antonia é uma interessante fusão de linguagens, em que vídeo, fotografia, instalação e performance interagem muito dinamicamente. A mostra lida com a questão da autoimagem, tanto no universo da intimidade quanto nas relações interpessoais.
A série White Families explora a natureza das relações familiares utilizando o meio tradicional do portrait. Em diversos tamanhos e montadas em molduras antigas, as imagens são sobre-expostas, fazendo com que o excesso de luz apague o rosto das pessoas retratadas e convidando o observador a experimentar o que a linguagem corporal dos sujeitos revela sobre as suas relações. A outra série fotográfica, Power to the Ego, representa uma extensão da reflexão sobre as famílias, pois amplia o conceito de autorrepresentação e da construção e desobstrução da autoimagem. No lugar do rosto cancelado pela luz, as pessoas fotografadas usam uma máscara bem visível que esconde suas identidades. As histórias retratadas partem sempre do imaginário das pessoas fotografadas. As fotografias dessa série, apresentadas no formato 60x80cm e montadas sobre metacrilato, têm tiragem limitada.
Os vídeos, as instalações, a escultura e a performance complementam as séries fotográficas. Historicamente, a fotografia sempre foi aliada da performance, desde o trabalho de artistas como Hippolyte Bayard ou Claude Cahun, uns dos primeiros a utilizar a fotografia para registrar suas performances. Antonia Dias Leite utiliza esse conceito montando séries fotográficas e obras em vídeo que incorporam a staged photography e a performance, brincando também com conceitos tradicionais da representação, como o retrato e o autorretrato.
Antonia Dias Leite viveu dez anos em Nova Iorque, onde se graduou pela Parsons School of Design. Concluiu o mestrado pela School of Visual Arts de Nova Iorque, onde teve o fotógrafo Vik Muniz como orientador de sua tese. Sua carreira artística iniciou-se há dois anos apenas, quando realizou sua primeira exposição individual: "Antonia's Line", em Nova Iorque, na Stephan Stoyanov Gallery, que a representa até hoje. Logo na exposição de estréia, ganhou resenha elogiosa publicada no The New York Times, assinada pela crítica de arte Roberta Smith. No mesmo ano, representou o Brasil na Bienal de Pequim, China. Desde então, participou de exposições coletivas em São Paulo (Galeria Leme, 2009), Miami ArtBasel (2007 e 2009), Paris (2009), Bruxelas (2009), Berlim (2010) e Nova Iorque (2010 e 2011). Atualmente vive entre o Rio de Janeiro e Nova Iorque. É carioca e tem 30 anos.

Rio de Janeiro 2011


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©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
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