| Angelo Venosa |

Exposição panorâmica de Angelo Venosa, um dos mais destacados artistas de sua geração.
Com curadoria de Ligia Canongia, a mostra, que ocupará um espaço de mais de 1.800 metros quadrados do museu, é a maior individual do artista, que hoje possui cinco esculturas públicas, entre elas a “baleia”, na Praia do Leme.
“A exposição panorâmica que o artista ora apresenta resume o trajeto que se desenvolve desde os anos 1980 aos dias de hoje. Sem configurar-se como uma retrospectiva, nos moldes exaustivos tradicionais, a mostra parte de um repertório seleto de obras que expõem o percurso do método e suas questões fundamentais, com as formulações primordiais e os saltos poéticos operados ao longo do tempo. A exposição não se orienta pela cronologia dos trabalhos, ao contrário, mescla peças de diferentes datas e técnicas, procurando fomentar a compreensão de uma linguagem global, onde os processos e os conceitos se unem e se reclamam necessária e mutuamente”, explica a curadora Ligia Canongia.
A exposição conta com cerca de 30 obras do escultor, que em seus mais de 30 anos de carreira, se consolidou no circuito nacional e internacional, incluindo passagens pela Bienal de Veneza, Bienal de São Paulo e Bienal do Mercosul.
“Entre o expressionismo e a geometria, o artesanato e a máquina, entre razão e delírio, Angelo Venosa cria situações fronteiriças, que se alternam do fragmento ao todo, do linear ao informe, do lírico ao fantasmático. Obra singular no panorama mundial da escultura contemporânea, seu trabalho tem a capacidade paradoxal de mover-se no terreno da história, mas sob a perspectiva da crítica e da transformação, de alternar o mundo dos sólidos com os vazios e, sobretudo, de expressar simultaneamente a intensidade das paixões e o recolhimento do silêncio”, diz a curadora.
A exposição cobre um arco de 1985 aos dias de hoje. Há obras importantes de diferentes momentos de sua trajetória e algumas concebidas especialmente para esta mostra.
“Começou sua experiência artística com a pintura, inicialmente aguada e delicada, mas logo percebeu o ímpeto pela quebra da tela e a busca da tridimensionalidade, quando rasgou o linho e introduziu um volume no rasgo. Detonava-se ali o interesse pelos estados transitivos, pela passagem entre as coisas e por processos ambíguos de construção, que passariam a vigorar no conjunto das esculturas futuras. A quebra da linearidade da superfície, com o ganho simultâneo de um elemento concreto e corpóreo, não apenas atestava sua inclinação escultural, como introduzia novas motivações para explorar a dinâmica do espaço e do tempo, diretamente vinculada ao real”, conta Ligia Canongia.
Os trabalhos selecionados pertencem a coleções privadas e públicas, como MAM/SP e MAC /USP, MAC/Niterói, Centro Cultural São Paulo, entre outras. Muitos deles pouco vistos pelo público.
Luiz Camillo Osorio, curador do MAM Rio, que acompanha há tempos o trabalho do artista, escreveu sobre ele em livro que aborda sua trajetória, lançado em 2008 pela Cosac&Naïf.
“Suas formas carregam o estranhamento de uma vontade de expressão que recusa a eloqüência, a adjetivação. Ao mesmo tempo, há em sua poética uma opção por materiais que carregam consigo alguma fala peculiar. Sua escultura transita do orgânico ao especular, buscando processos de formalização que dêem alguma visualização ao que não se mostra por si só: ora parece expelir o que está dentro – ossos, dentes e fragmentos do esqueleto –, ora reflete a interioridade do que está fora – como nas séries de perfis, vidros e espelhos. Neste jogo entre o dentro e o fora, sobra a opacidade do que se revela sem se mostrar”.
A exposição panorâmica de Angelo Venosa faz parte do Circuito Cultural Bradesco Seguros, que apresenta para o público brasileiro um calendário diversificado de eventos artísticos com espetáculos nacionais e internacionais de grande sucesso, em diferentes áreas culturais como dança, música erudita, artes plásticas, teatro, concertos de música, exposições e grandes musicais.

Angelo Venosa (São Paulo, 1954. Vive e trabalha no Rio de Janeiro) surgiu na cena artística brasileira na década de 1980, tornando-se um dos expoentes dessa geração.
Desde esse período, Venosa lançou as bases de uma trajetória que se consolidou no circuito nacional e internacional, incluindo passagens pela Bienal de Veneza (1993), Bienal de São Paulo (1987) e Bienal do Mercosul (2005).
Hoje, o artista tem esculturas públicas instaladas no Museu de Arte Moderna de São Paulo (Jardim do Ibirapuera); na Pinacoteca de São Paulo (Jardim da Luz); na praia de Copacabana/ Leme, no Rio de Janeiro; em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul e no Parque José Ermírio de Moraes, em Curitiba.
Possui trabalhos em importantes coleções brasileiras e estrangeiras, além de um livro panorâmico da obra, publicado pela Cosac Naify, em 2008.

Rio de Janeiro 2012


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